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terça-feira, 3 de março de 2015

CAMAMU: Moradores de Camamu reclamam de imposto alto e descuido com a cidade

A Câmara de Vereadores de Camamu retornou às atividades na noite dessa segunda-feira (2/3), após o recesso do final do ano passado. Entre as pautas discutidas, as comissões de Constituição e Justiça, Saúde e Orçamento, mas o que o público ávido que lotava a casa queria saber era sobre os aumentos nos impostos cobrados pelo município. A aprovação do código tributário elevou as taxas dos comerciantes e da população em quase 300% e está gerando uma grande polêmica.   A Câmara possui 13 vereadores, sendo 4 de oposição ao governo e 9 na base de apoio. Camamu tem 453 anos e 36.321 habitantes.
 professora Lindinalva Clara chegou cedo à Câmara e estava indignada. “Falta planejamento e organização no município”, disse.  O comerciante Fernando dos Santos apresentava o seu IPTU, com aumento superior a 120%. Os vereadores da oposição também criticaram as taxas cobradas na cidade. “É inadmissível um trabalhador saltar de uma taxa de 80 para R$ 400. As pessoas querem pagar suas contas, mas com valores justos e não abusivos”, disse o vereador Manoel Luis. Já o vereador Ronaldo Figueredo propõe a aprovação de nova lei. “Vamos colher assinaturas na cidade e caso não seja possível, entraremos com um recurso no Ministério Público pedindo agilidade no caso.” O presidente da mesa Luis Oliveira da Luz, informou que vai avaliar as reclamações junto ao financeiro da prefeitura para tomar as medidas cabíveis.
A cidade: Camamu fica a 323 km de Salvador, e abriga a terceira maior baía do Brasil em volume de águas, depois da de Todos os Santos e da de Guanabara, mas todo esse aquário convive ao lado de obras de requalificação da orla inacabadas, ruas esburacadas, esgoto a céu aberto,  píer sem conservação, assaltos constantes, comércio em decadência e delegacia de Polícia fechada nos finais de semana. No comércio, as vendas estão em queda livre, diz Antônio Marcos, microempresário. “A economia está péssima. Já vivemos momentos de glória aqui. Quando a prefeitura, pagava em dia a cidade tinha dinheiro circulando, mas hoje é tudo alternado, atrasado e faltando, e é o comércio que sente na pele toda a falta de planejamento”, aponta o comerciante. 
Saúde e educação
Segundo dados divulgados durante a plenária pelos vereadores de oposição, só com a saúde o município gastou em 2014 mais de R$ 6 milhões. Moradores se queixam da falta de remédios, médicos, gases, algodão, enfermeiro e, em alguns casos, até água nos postos de saúde. Professores reclamam dos salários atrasados, como conta a professora e comerciante Mariene Rita. “O salário da categoria está defasado, atrasa e ainda foi diminuído. Os cortes variam de 600 a R$ 700.” Os moradores relatam que os assaltos são constantes. “Temos apenas dois policiais para tomar conta de toda a cidade. Para piorar, nos finais de semana a delegacia fica fechada, ou seja, os bandidos estão livres para roubar, matar e agredir as pessoas”, citou um dos moradores. (FONTE: TRIBUNADABAHIA)

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