O PT baiano ainda acredita na possibilidade de convencer o PCdoB a lançar a candidatura da ex-vereadora Olívia Santana à Prefeitura em lugar da da deputada federal comunista Alice Portugal, que se posicionou para a campanha há pelo menos dois meses. O argumento é que, por meio de pesquisas qualitativas, os petistas teriam descoberto que Olívia teria maior potencial de crescimento no enfrentamento ao prefeito ACM Neto (DEM) do que Alice. A articulação política do governador Rui Costa (PT) também teria chegado a outra conclusão. Há mais chances de seu partido abrir mão de entrar na disputa, apoiando a ex-vereadora do que a deputada federal. Os petistas acreditam que Alice ocupa o mesmo espaço eleitoral dos nomes existentes hoje no PT com interesse nas eleições. “Ela (Alice) se aproxima muito do mesmo eleitorado de um Gilmar (Santiago, vereador em Salvador) e de um Valmir (Assunção, deputado federal). Já Olívia estaria em outro campo, encarnando a briga da favela contra o playground”, diz uma importante fonte petista ao Política Livre. Os petistas acreditam que a ‘quali’ mostra uma boa tendência de polarização entre uma construção que pretendem fazer na sucessão, opondo uma candidata “mortadela”, como são chamados hoje os esquerdistas que defendem Dilma Rousseff, contra um prefeito “coxinha”, que aposta no impeachment. Os dados teriam animado tanto o governador que ele procurou o deputado federal Daniel Almeida, presidente estadual do PCdoB, para mostrar a pesquisa e tentar convencê-lo de que Olívia seria uma melhor opção. A mesma sinalização teria sido feita a Daniel pelo ministro Jaques Wagner (chefe de gabinete da presidente). O problema é que o presidente do PCdoB não teria se convencido de que Olívia pode ser uma alternativa viável para a sucessão, mantendo seu compromisso de apoio a Alice. A deputada também não demonstra a menor vontade de ceder seu lugar de candidata para a ex-vereadora.
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