A Santa Casa de Misericórdia de Valença, o Hospital da Criança Martagão Gesteira, as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), a Santa Casa de Misericórdia de Nazaré, entre outras instituições filantrópicas baianas, participaram, nesta segunda (20), de debate sobre o desfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Intitulado “Diálogo do MP Brasileiro sobre a Saúde”, o encontro teve como objetivo discutir a crise nacional, o cenário e algumas soluções para a saúde na Bahia. Entre as autoridades, estiveram presente: o Secretário de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), Fábio Vilas Boas; o Secretário Municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues Alves; o Presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado da Bahia (Fesfba), Maurício Dias; a Presidente de Honra e o Superintendente da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, Rosina Bahia e Antônio Santos Novaes Júnior; a Presidente das OSID, Maria Rita Pontes; o Provedor e o gestor da Santa Casa de Valença, Marcelo Dantas Cabral e Nadson Santana; e o gestor da Santa Casa de Nazaré, Marcus Galvão. Segundo o Secretário de Saúde, Fábio Vilas Boas, em 6 anos, o Estado dobrou os recursos alocados na saúde, passando de R$ 1,6 bilhão para R$ 3 bilhões/ano. No entanto, a União está deixando de investir na saúde, transmitindo cada vez mais o ônus para o Estado. Vilas Boas ainda ressaltou que, embora a SESAB tenha investido seus recursos na Atenção Básica, aumentando o número de unidades de atendimento, essas não têm apresentado resolutividade. O Secretário destacou a crise pela qual estamos passando: “Somos um país pobre e não temos como oferecer tudo para todos”. O Presidente da Fesfba, Maurício Dias, apresentou os números de atendimentos das Santas Casas em todo o país. De acordo com ele, 42% das internações do SUS se dão através das Santas Casas, mesmo que, diante da crise, nos últimos 10 anos, 48 Santas Casas tenham fechado as suas portas. A Santa Casa de Misericórdia de Valença, que, no ano de 2015, realizou mais de 107 mil atendimentos, acumula um déficit que já ultrapassa R$ 1,2 milhão devido ao desfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Mensalmente, a instituição fecha com quase R$ 200 mil negativos. O cenário tem exigido da instituição algumas medidas paliativas para redução dos custos.
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