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terça-feira, 9 de maio de 2017

Polícia fecha Câmara e governistas acabam com Previdência

A Câmara dos Deputados amanheceu fechada e cercada por policiais na terça-feira (9). A determinação do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez com que a entrada à “Casa do Povo” ficasse restrita a parlamentares, servidores e imprensa no dia em que a Comissão Especial que analisa a Reforma da Previdência (PEC 287/16) concluiu a votação da proposta. Apesar do previsível resultado, a líder do PCdoB na Câmara, Alice Portugal (BA), lembra, que o embate real se dará no Plenário e continua desfavorável ao governo, motivo pelo qual governo Temer resolveu antecipar a liberação de verbas destinadas a emendas parlamentares para “garantir” aprovação da PEC 287 no Plenário. “O governo confessa essa falta de votos quando abre um mercado de emendas e pressão para cima de sua base. Confessa mais ainda quando transfere a votação de meados de maio para o fim do mês. Isso se deu por causa da pressão popular. Nós precisamos manter esse nível de pressão para impedir a votação dessa reforma.” O forte aparato policial deveria impedir que manifestações interrompessem a votação dos destaques à matéria, mas acabou gerando polêmica no colegiado. Deputados progressistas criticaram o fechamento da Casa e pediram, em vão, que a comissão suspendesse seus trabalhos. “Vamos à Presidência da Casa pedir que Rodrigo Maia retire o policiamento do entorno da Câmara. Não podemos votar qualquer coisa aqui como se nada estivesse acontecendo. É um absurdo que esta comissão funcione em Estado de sítio. Deveríamos interromper essa votação”, protesta a vice-líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ). A decisão de fechar a Casa se deu após a ocupação da Câmara na última semana por agentes penitenciários. A categoria invadiu a comissão na noite de quarta-feira (3), após aprovação por 23 votos contra 14 do texto-base da Reforma da Previdência, onde o grupo foi excluído do acesso à aposentadoria especial. Na ocasião, a reunião foi suspensa, após o excesso de uso de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para dispersar o protesto.

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