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segunda-feira, 3 de junho de 2019

Prefeitura de Cairu inicia diagnóstico do lixo marinho nas praias de Morro de São Paulo e Boipeba

Na última sexta-feira (31/05), a Prefeitura de Cairu, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (SEDES) em parceria com o grupo de pesquisa Paranoá/IF Baiano/CNPq iniciou o diagnóstico do lixo marinho na Segunda Praia de Morro de São Paulo e na praia de Boca da Barra, em Boipeba, com o objetivo de monitorar a longo prazo os resíduos sólidos que dispostos na areia podem gerar algum tipo de incômodo aos usuários, seja porque altera a estética da paisagem, seja porque compromete a satisfação de suas necessidades de recreação, lazer e descanso. O termo “lixo no mar” pode ser caracterizado como sendo todo o resíduo sólido de origem antrópica que, independentemente de sua origem, entra no ambiente marinho. Estima-se que 80% do lixo encontrado no mar tenham origem em atividades realizadas em terra (gestão inadequada de resíduos sólidos, turismo, indústria, entre outros), enquanto os outros 20% são originados em atividades realizadas no mar (transporte de cargas, pesca, plataformas marítimas, entre outros). 
O professor e pesquisador do IF Baiano Campus Catu, PhD José Rodrigues destacou “que o monitoramento dos resíduos sólidos em praias turísticas faz parte de um projeto maior do qual a rede Pró-Praias, uma rede de gestão costeira e certificações de praias ibero-americanas vem desenvolvendo tendo como um dos nós, o grupo Paranoá certificado pelo CNPq/IF BAIANO que realiza esse monitoramento desde 2018 em 3 praias de Salvador e que também dará início em outras praias dentro da Baía de Todos os Santos a partir do segundo semestre de 2019. A partir de agora com o início da parceria com a Especialização de Meio Ambiente e Agroecologia do IF BAIANO Campus Valença visando o monitoramento de longo prazo dos resíduos sólidos dispostos na areia das Praias Turísticas das ilhas de Tinharé e Boipeba, mais especificamente na Segunda Praia de Morro de São Paulo e Boca da Barra, considerou-se a grande representatividade que essas praias tem não só para nós baianos, como também no âmbito nacional e internacional. Após esse monitoramento nós teremos condições também de realizar estudos comparativos mais fidedignos com praias da Argentina, do Chile, do Peru, da Colômbia, alguns países do Caribe, como México e Cuba, bem como península ibérica, Portugal e Espanha devido a utilização a uma metodologia única que vem sendo trabalhada e desenvolvida por nossa rede Pró-Praias, então esperamos que essa pesquisa possa contribuir também, além do desenvolvimento científico acadêmico a gestão de praias dentro dos municípios baianos que é o interesse principal desse nó da rede aqui na Bahia, que é o grupo Paranoá, por conta dessa grande relevância que nossas praias arenosas tem para o desenvolvimento regional, para melhoria da qualidade de vida da população, isso aliado a um desenvolvimento que seja sustentável para nossa sociedade e as futuras. Desde já agradecemos a parceria com a Prefeitura de Cairu que tem buscado de todas as formas se qualificar e de desenvolver metodologias para que a gestão costeira possa ser feita de uma maneira eficaz trazendo benefícios para toda a sociedade”, explica o coordenador do grupo de pesquisa.

“Esses diagnósticos colaboram no planejamento do poder público com foco no alcance de altos padrões de qualidade nas praias de Morro de São Paulo e Boipeba, em temas como gestão de resíduos sólidos, qualidade da água, gestão e educação ambiental, o que possibilita ao município de Cairu pleitear certificações nacionais e internacionais, qualificando ainda mais o nosso destino turístico”, frisou a Secretária de Desenvolvimento Sustentável, Fabiana Pacheco.
Participaram dessa primeira visita o professor e pesquisador do IF Baiano Campus Catu, PhD José Rodrigues, a pesquisadora e Vice Coordenadora da Especialização de Meio Ambiente e Agroecologia do IF Baiano Campus Valença, a professora Dra. Patrícia Oliveira, o pesquisador e Pós-graduando UFBA/Uniasselvi-RS, Anselmo Chagas e o Guarda Ambiental de Cairu e discente da especialização, Elson Dias. ASCOM

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