Foi valorizando a tradição de mais de três séculos de história que o II Festival da Cerâmica Maragogipinho fechou mais uma edição. O maior centro cerâmico da América Latina, reconhecido pela UNESCO, recebeu entre os dias 14 e 17 de novembro cerca de 20 mil pessoas que foram conferir de perto a intensa programação que contou com rodada de negócios, Feira Artesanato da Bahia, mostras artísticas, exposição, Feira Afro Bahia, cursos de qualificação, imersão às olarias, gastronomia e shows musicais de atrações nacionais e locais.
O evento atraiu mais de 20 mil pessoas, lotando hospedagens de Maragogipinho, Aratuípe, Nazaré e adjacências. Parte da programação, a imersão às olarias, com visitas guiadas a algumas das mais de 140 olarias locais, foi uma das atividades mais procuradas pelos visitantes.
Conhecer a cadeia produtiva da cerâmica local, conversar com mestras e mestres ceramistas e, literalmente, moldar o barro no torno mostrou-se uma experiência inédita para os turistas. No dia 16 (sábado), o Festival promoveu também uma visita especial com mais de 20 arquitetos da Casa Cor Bahia e formadores de opinião de Salvador.
Durante o Festival, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) anunciou a abertura do processo de patrimonialização do saber fazer local, com o registro especial do ofício de oleiros e oleiras de Maragogipinho como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia. A notificação foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 14 de novembro.
A Feira Artesanato da Bahia reuniu 30 artesãs e artesãos expositores de 15 a 17 de novembro, com peças artesanais de crochê, madeira, bordados, trançados em palha, acessórios em metal e prata, e também peças de cerâmica. A arrecadação desses artesãos superou os R$ 21 mil reais em vendas.
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