A ação, coordenada pela ONG Pró-Mar e instituições de pesquisa, utilizará como principal técnica a remoção manual dos corais, combinada com limpeza do substrato com escovas de aço para impedir a regeneração. Em áreas de difícil acesso, será aplicada uma solução de sal ácido para garantir a eliminação completa da espécie.
Após a ação na região da marina de Itaparica, campanhas de monitoramento serão realizadas para identificar possíveis recolonizações e permitir respostas rápidas. A operação conta com o apoio da Marinha, Capitania dos Portos, Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), ICMBio, Ibama e universidades como UFBA, UFAL, USP, UFRPE e Senai/Cimatec.
Registrado inicialmente por pescadores locais há cerca de um ano, o C. braziliensis tem se expandido com rapidez, competindo com corais nativos por espaço e liberando substâncias que causam necrose em outros organismos. A longo prazo, sua presença compromete a estrutura ecológica dos recifes e os serviços ecossistêmicos essenciais, como a proteção costeira e a atividade pesqueira.
A operação é fruto de um processo iniciado em dezembro de 2024, quando foram testadas as primeiras estratégias de combate ao coral invasor. Nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, seis expedições de monitoramento foram realizadas para avaliar a eficácia dos métodos adotados e mapear a extensão da infestação. Com base nesses dados, foram definidas as áreas prioritárias e a metodologia mais eficiente para a intervenção.
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