Você consegue se lembrar quais
eram suas grandes preocupações há cinco anos ? Menos. Diga-me cinco
preocupações suas do ano passado. Quando você para e pensa, percebe que boa
parte do que fazia tão mal, sugava tanta energia, irritava, tirava o sono, preocupava,
sobrecarregava a mente não precisava de tanta atenção. É possível que parte de
seus problemas tenha se resolvido naturalmente, ou encontrado soluções
inesperadas, caminhos que sequer passaram por sua imaginação, outras tenham
sido engolidas por novos problemas ou simplesmente dissolvidas, assim, sem
muita explicação. Não era o que você projetava. Pensando hoje, sinceramente,
qual deles realmente precisou de toda aquela carga de angústia, de toda
antecipação pelo que ainda nem tinha acontecido? Se aconteceu, confesse, não
foi diferente do que imaginou? Não foi como se uma carga extra de força
estivesse lhe esperando, renovando a cada dia, até porque não há como resolver
nada por antecipação. A força que precisamos para cada tranco só é percebida
quando precisamos dela, nunca antes, portanto é razoável se antecipar tanto? O
medo paralisa, enche a mente de ruídos, distorce os cenários. E hoje, que tipo
de peso você tem carregado ? Será que realmente é necessário? Faz sentido
antecipar o que não veio, sair do hoje e tentar visitar um futuro miragem,
nebuloso, inexistente? Quando um barco começa a afundar, a primeira coisa que o
capitão faz é jogar o peso excedente ao mar. Por que não faz o mesmo ? Avalie
até que ponto suas preocupações são necessárias e livre-se do peso
sobressalente. Você não precisa disso. Viva o hoje, aquiete-se, livre-se do que
você não sabe como será, do que sua preocupação não pode mexer. Amanhã, novos
cenários, novas conexões, outras tantas possibilidades, tudo se renovará quando
o amanhã virar hoje. Então, fique no hoje e descanse. Tudo vai ficar - já está
- bem. Sei que vai. (Colunista: Ver. Tácio Lima)
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