Em reunião da cúpula nacional em Brasília, o PV deve decidir
nesta sexta-feira (10) o destino de suas alianças estaduais para o
pleito de outubro deste ano – inclusive a situação da executiva baiana
da legenda, dividida entre a permanência no território oposicionista,
que abriga chapa capitaneada pelo ex-governador Paulo Souto (DEM), a ala
socialista da senadora Lídice da Mata e o caminho solitário até as
urnas. Seja qual for a definição, será traçada com foco na articulação
nacional do partido, que tem candidatura própria do ex-deputado federal Eduardo Jorge
à Presidência da República. O plano estratégico foi divulgado por um
dos dirigentes da sigla no estado, o ex-secretário da pasta
soteropolitana Cidade Sustentável, Ivanilson Gomes, em entrevista ao
Bahia Notícias. Segundo ele, com o anúncio da composição final da chapa unitária da oposição na Bahia,
o PV pode, a depender do saldo da reunião em Brasília, apresentar
algumas condições ao coordenador da coligação antipetista, o prefeito de
Salvador, ACM Neto (DEM), para manter o apoio ao grupo durante a
campanha eleitoral. “O PSDB tem uma aliança com o DEM e, juntos, eles
devem fazer palanque para [o candidato social-democrata ao Planalto]
Aécio Neves. Mas nós, do PV, também temos candidato e certamente vamos
querer o maior apoio possível para ele. Se a tendência do partido for a
aliança com Souto, Neto terá que considerar isso”, avisou. Outra
possibilidade analisada pela legenda, de acordo com o pevista, é apostar
todas as fichas na vice-prefeita da capital, Célia Sacramento (PV), que
chegou a ser cotada como pleiteante ao Senado na coalizão tucano-democrata, mas já demonstrou interesse em concorrer ao cargo máximo do Executivo baiano,
em uma corrida quase isolada dos verdes até outubro. “Essa
possibilidade existe e seria uma saída para termos palanque próprio no
estado. Vamos ver qual é a melhor estratégia. A política tem uma
dinâmica própria e pode surpreender”, sugeriu. Sobre uma eventual
aproximação com Lidice – mais uma alternativa do partido –, Gomes não
apontou avanços nas conversas. “Nosso presidente estadual [o prefeito de
Licínio de Almeida, Alan Lacerda] conversou algumas vezes com a
senadora. Sei que ela também se reuniu com o presidente nacional [o
deputado federal José Luiz Penna]. Mas nada foi definido nesse sentido”,
esclareceu. Caso alguma das chapas consiga firmar pacto com o PV,
ganhará 14 segundos a mais de tempo no horário eleitoral gratuito
televisivo, de acordo com regras estabelecidas pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). O ex-auxiliar de Neto não definiu prazo para que seja
oficializado o posicionamento da sigla. (FONTE: BAHIANOTICIA)
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