.

.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

PSB baiano pode ir para segundo escalão do governo Rui Costa

Depois de recusar a secretaria de Cultura do Estado no primeiro escalão do governo de Rui Costa (PT), o PSB iria conversar ontem em nova reunião com o secretário de Relações Institucionais  do Estado, Josias Gomes. A reunião não pôde ocorrer, mas o secretário adiantou que tem a pretensão de ter os socialistas no segundo escalão do governador Rui Costa (PT). Nos bastidores políticos, circula a informação de que as conversas estariam adiantadas e há o interesse que o PSB retorne à base do governo para dar continuidade aos projetos políticos, que se alinham com a ideologia petista. Os socialistas, que tiveram a senadora e presidente da legenda na Bahia, Lídice da Mata, como candidata ao governo, deixaram a base após o PT ter lançado Rui como candidato. Após a derrota da chapa, o PSB baiano anunciou apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que disputava com o tucano Aécio Neves e petistas e socialistas voltaram a subir no mesmo palanque. Apesar do otimismo nos corredores da Governadoria, sobre o retorno do PSB para a base, a senadora afirma que o cenário ainda não está totalmente constituído, e que ainda falta muito diálogo. Confirmou, no entanto, que há uma agenda de nova reunião com o secretário de Relações Institucionais, mas sem data prevista. “É um cenário que ainda não evoluímos para discutir. Não dá para dizer que existe a possibilidade de dar continuidade agora. Tem condições que são possíveis e outras que não seriam possíveis”, resumiu Lídice. A senadora, primeira eleita pela Bahia, com grande apoio do PT, adianta apenas que a conversa está acontecendo. “Não é uma discussão de ser assim ou assado. Iniciou-se uma conversa entre os dois”.  No término das eleições, ela comunicou que o partido poderia adotar uma postura de independência em relação ao novo governo, mas não descartou uma reaproximação.  Na ocasião, o secretário do PSB baiano, Rodrigo Hita, afirmou que a legenda esperaria o início do governo de Rui para avaliar a condução. “Em caso de convite, iremos reavaliar, mas não estamos nos colocando como vitrine para ser convidados”, declarou na época. Procurado pela reportagem, Domingos Leonelli, que não conseguiu uma cadeira como deputado federal pela sigla, informou que há negociações, mas elas estão sendo feitas com muita calma. Segundo ele, se o PSB voltar para o governo, será para dar continuidade com seus projetos políticos e ideológicos.  “Estamos negociando. Lídice está estudando isso com calma e tranquilidade, sem nenhuma ansiedade, para ver se é possível se o governo deseja nossa participação e o que queremos. Mas não será nada de imediato nem em troca de apoio”, dise. “Se a participação no governo acontecer, vai ser para dar continuidade ao projeto que acreditamos. Provavelmente os deputados estaduais integrarão a base do governo”, acrescentou.
Relações – As relações do PSB baiano - cujo perfil  sempre foi fortemente de esquerda -  com o PT se estreitaram no segundo mandato do governador Jaques Wagner em 2010. Quando a senadora Lídice da Mata começou a cogitar sua candidatura para o governo baiano ano passado, já  imaginava o rompimento com o PT na Bahia, uma vez que sua legenda nacionalmente lançaria o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato à Presidência da República. Com a morte de Eduardo, assumiu a chapa a ex-ministra do meio ambiente, Marina Silva. A socialista decidiu apoiar a petista Dilma Rousseff, numa decisão contrária à Executiva Nacional do partido, que declarou apoio ao candidato Aécio Neves (PSDB). A oficialização do apoio do PSB baiano a Dilma foi feito no dia 16 de outubro. Na ocasião, o PSB definiu como um “apoio crítico” a decisão da Executiva Estadual. A socialista frisou que o PSB continua crítico em relação aos métodos do governo petista e à sua política econômica. A decisão foi por compreender que o projeto do presidenciável Aécio Neves (PSDB) na Bahia é representado pelas forças de direita às quais os pessebistas baianos se mantiveram opostos durante suas vidas políticas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário