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sexta-feira, 6 de março de 2015

Criadores de camarão da Bahia querem regulamentação da atividade

Setor que envolve 96 fazendas no Estado, com mais de dois mil hectares implantados, empregando em média três trabalhadores por hectare, e potencial de 120 mil hectares de área de exploração, a carcinicultura (criação de camarões em cativeiro) ainda não é regulamentada na Bahia. Esse foi o cenário apresentado por lideranças do setor, na noite desta quinta-feira (5), ao secretário estadual da Agricultura, Paulo Câmera, a quem solicitaram apoio visando a normatização da atividade. “É clara a importância deste setor para a economia do Estado e o grande potencial de geração de emprego e renda”, afirmou o secretário Câmera, solicitando maiores informações às lideranças da carcinicultura, com o objetivo de dialogar com os representantes das instituições (Secretaria e Instituto do Meio Ambiente, Procuradoria Geral do Estado – PGE e Assembleia Legislativa - ALBA), visando soluções para as questões. Uma decisão da Justiça Federal de 2011 obriga antigos e novos empreendimentos a realizar os estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). O Código Florestal, no entanto, exige os documentos apenas para novos criatórios acima de 50 hectares. “É preciso derrubar essa decisão para que seja concedida a licença aos criadores”, destacou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Aquicultura do Estado (SINTRAQ), Marcelo Palma. Ele explica que a questão tramita desde 2007, quando, a pedido do Ministério Público Federal, foi concedida liminar da 6ª Vara Federal, determinando que novos projetos apresentassem EIA/RIMA na solicitação do licenciamento ambiental. As 96 fazendas formam o polo de carcinicultura na Bahia estão situadas nas regiões do Litoral Norte, Recôncavo e Região Metropolitana de Salvador (RMS), Baixo Sul e Litoral Sul. Da área de um milhão de hectares propícios à criação de camarão no Brasil, 120 mil hectares pertencem à Bahia, mas apenas 10% desse espaço são explorados. Por conta do fechamento das fazendas sem licenciamento, o equivalente a uma área de 755 hectares deixou de produzir 4.230 toneladas/ano de camarão e desempregou aproximadamente 1.265 funcionários. Participaram do encontro o diretor da SINTRAQ, Gitonilson Tosta; o presidente da Associação dos Criadores de Camarão de Canavieiras, Paulo Queiroz; os presidente e diretor da Associação dos Criadores de Camarões da Bahia, Aristóteles Vitorino e Bruno Cláudio, respectivamente, e o presidente da Associação dos Carcinicultores da Bahia, Eduardo Spinola, além do deputado estadual, Eduardo Salles.
 Ascom Seagri 

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