Buscar alternativas para evitar a disseminação de uma provável praga que está matando os craveiros na região do Baixo Sul, foi esta, a principal pauta de mais um Fórum de Desenvolvimento Rural, realizado pelo Governo de Valença, através da Secretaria da Agricultura nesta segunda-feira (28), no núcleo do Serviço Territorial de Apoio da Agricultura Familiar (SETAF) em Valença. Responsável por uma produção de 8 mil toneladas durante a safra de 2014/2015, sendo comercializado a R$ 25 o quilo e proporcionando um faturamento de R$ 200 milhões para agricultores e comerciantes, o cravo-da-índia é um dos principais produtos da agricultura familiar do Baixo Sul e contribui decisivamente para a geração de emprego e renda de milhares agricultores distribuídos em mais de 6 mil pequenas propriedades rurais somente em Valença. Aliado a um debate sobre a cadeia produtiva do cravo-da-índia, a mortandade dos craveiros chamou a atenção da Secretaria Municipal da Agricultura que propôs um amplo debate com os agricultores, técnicos, sindicatos, institutos, associações e o Governo do Estado. O problema vem se agravando e o prejuízo gerado com a morte prematura das árvores preocupa os agricultores da região. De acordo José Veloso, diretor de Agricultura de Valença, com a valorização do cravo, o prejuízo de cada craveiro que deixa de produzir pode chegar a R$ 2 mil. Durante o Fórum, ficou decidido o agendamento de uma reunião com o secretário Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Jerônimo Rodrigues para tratar do assunto.
Para o secretário da Agricultura e vice-prefeito de Valença, Joailton de Jesus, falta definir o agente, (ou agentes) causadores da mortandade dos craveiros e a partir dai, se buscar uma solução. Para isso, estiveram presentes, representando o Governo do Estado, Diomar Pessoa, coordenador técnico da Bahiater; Ana Cristina, diretora de Tecnologia a Bahiater; e Fábio Braga, coordenador de Crédito/PAA - Ba, que ouviram os reclames dos agricultores e sugeriram uma ação conjunta com os agentes de tecnologia, a exemplo da Ceplac, a Prefeitura de Valença e o Governo do Estado, para se fazer um estudo aprofundado do problema.
Alguns “gargalos” sobre a produção e comercialização do cravo-da-índia na região já foram identificados pela Secretaria da Agricultura, a exemplo do baixo nível gerencial e tecnológico, sazonalidade, baixa densidade de plantas, material genético não selecionado, falta de financiamento para a produção (custeio) e falta de financiamento para cultivo (fomento). A falta do custeio também tem atingido em cheio a Cooperativa de Fomento Agrícola de Valença (Coofava), única cooperativa que comercializa o produto no Baixo Sul e que tem adotado uma política que mantém o preço do cravo em alta, comprando diretamente do produtor e exportando o produto, evitando assim, a interferência do atravessador. Com essa política, o quilo do cravo que em 2005 chegou a ser comercializado a R$ 5, saltou para R$ 25 em 2015. Atualmente, a falta de financiamento tem obrigado alguns produtores a vender o cravo diretamente para os atravessadores e com isso, o preço do quilo do produto despencou para R$ 15. “Ou a gente se une e fortalece a Coofava, ou vamos ter que vender o cravo a R$ 5 novamente”, declarou Roberto Pacheco, produtor de cravo e um dos representantes do Governo do Estado no Território.
Instrumento criado na gestão da prefeita Jucélia Nascimento e Joailton Manoel de Jesus, o Fórum se mantém como a principal ferramenta da agricultura familiar visando o seu desenvolvimento no município. Durante os últimos três anos, todos os meses, o Governo de reúne com os agricultores para uma avaliação e definição de metas e ações para o fortalecimento da agricultura familiar.
Participaram ainda do Fórum, o vereador Adailton Francisco, a coordenadora do PAA de Valença, Maria Joselita (Branca); Mônica Pereira, diretora de Pesca de Valença; , Maiana Roza diretora doDepartamento de Agropecuária de Valença; e José Luz, representando a Coofava.
Por Magno Jouber -Ascom - Governo de Valença
PARABÉNS AOS COMPANHEIROS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE VALENÇA PELA GRANDE INICIATIVA.
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