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terça-feira, 20 de junho de 2017

POLÍTICA: Inquérito da PF sobre Temer conclui que houve corrupção

Relatório preliminar da Polícia Federal referente à investigação sobre o presidente Michel Temer e seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures concluiu que houve a prática de corrupção passiva, segundo a reportagem apurou. As informações foram entregues ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (19) e ainda não foram divulgadas pelo tribunal. Não está claro ainda qual o papel que a polícia atribui a cada um dos investigados. Segundo a reportagem apurou, o documento é "conclusivo" sobre o crime cometido. A PF pediu mais cinco dias ao ministro Edson Fachin para finalizar as investigações e apresentar o laudo da perícia das gravações de conversas feitas por Joesley Batista, dono da JBS. A polícia aguarda esse resultado para concluir se houve também a prática de obstrução de Justiça. Procurada pela reportagem, a PF não se manifestou sobre o assunto. As assessorias de Temer e Loures não comentaram o relatório até as 21h desta segunda (19). Ao todo, os peritos analisam quatro áudios, um deles de um diálogo do empresário com Temer, no Palácio do Jaburu, em 7 de março. No pedido de abertura de inquérito, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou, com base na gravação, que o presidente deu anuência para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e seu operador Lúcio Funaro, ambos presos. A gravação, porém, não havia passado por perícia da PF, que agora identificou trechos que antes estavam inaudíveis, segundo a reportagem apurou. Após a conclusão do inquérito, caberá ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidir se denuncia ou não Temer e Loures ao STF. A expectativa é que ambos sejam alvo de denúncia da PGR até a semana que vem. Na avaliação dos investigações, a corrupção passiva está ligada à mala de propina de R$ 500 mil entregue a Loures pela JBS. Para concluir que houve a prática de corrupção passiva no episódio, a PF se baseou em dois laudos periciais sobre conversas entre o ex-assessor e Ricardo Saud, lobista da J&F. O prazo dado por Fachin para o inquérito ser finalizado se encerrou neste domingo (18) -sendo esta segunda o primeiro dia útil, quando a conclusão deveria ser entregue. O ministro é o relator da Lava Jato no Supremo, responsável também por casos ligados à delação da JBS.

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