A Prefeitura de Cairu, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, iniciou nesta quinta-feira (27), em Morro de São Paulo, uma campanha educativa sobre a conduta em ambientes recifais. A ação, que prossegue nesta sexta-feira em Morro e no sábado em Boipeba, faz parte do ordenamento das piscinas naturais do município - arquipélago e inicialmente tem como público- alvo os marinheiros que realizam o Passeio Volta à Ilha. Dentre os tópicos abordados estão os cuidados como não alimentar os peixes, não retirar conchas e outros organismos marinhos como souvenir e não atracar embarcações sobre os recifes de corais. A campanha conta com o suporte técnico de pesquisadores do Instituto de Geologia e Oceanografia (IGEO) da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Além das orientações dos técnicos, estão sendo distribuídos cartazes e adesivos que serão fixados em todas as embarcações que realizam passeios. Um vídeo institucional orientará os condutores de lancha sobre como proceder ao chegarem nas piscinas. A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável também promoveu reuniões envolvendo a comunidade, trade turístico e marinheiros para tratar das medidas que serão adotadas. De acordo com a engenheira ambiental e secretária de Desenvolvimento Sustentável, Fabiana Pacheco, a conscientização acerca dos cuidados com as piscinas naturais é fundamental para preservação das mesmas. " Os ambientes recifais abrigam uma extraordinária variedade de plantas e animais são considerados como o mais diverso habitat marinho do mundo. Essa enorme diversidade de vida pode ser medida quanto constatamos que uma, em cada quatro espécies marinhas, vive nesses ambientes, incluindo 65% dos peixes. São considerados, juntamente com as florestas tropicais, as duas mais diversas comunidades naturais do planeta. São também um dos ambientes mais frágeis e ameaçados do mundo. Preservar essa riqueza natural do nosso município é a garantia para que cairuenses e turistas desfrutem delas no futuro", enfatizou. Entre as medidas a serem implantadas no ordenamento estão: delimitação de uma área de freqüência exclusiva de banhistas, impedindo a navegação de lanchas por essas áreas, com a finalidade de evitar acidentes; definição de locais de acesso para entrada e saída das lanchas na região das piscinas; limitação diária de freqüência de banhistas a 1000(mil) pessoas por dia, tanto nas piscinas de Moreré, como de Garapuá, além do início de um programa permanente de monitoramento do impacto causado pelos banhistas nos recifes de corais para que se possa produzir um zoneamento especifico do uso destas piscinas.
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