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quinta-feira, 20 de junho de 2019

Senadores baianos provocam ministro em sabatina

Os senadores baianos Angelo Coronel (PSD), Otto Alencar (PSD) e Jaques Wagner (PT) provocaram o ministro da Justiça, Sérgio Moro, ontem, durante a sabatina no Senado Federal. Moro se apresentou na Comissão de Constituição e Justiça da Casa e chegou a discutir com Coronel. O parlamentar pessedista foi enfático ao questionar se ele autoriza o Telegram a fornecer suas mensagens armazenadas nos servidores para comparar com os diálogos divulgados pelo site "The Intercept Brasil". "Vossa excelência afere que participa de grupos de WhatsApp e Telegram. Trocou mensagens com procuradores da Lava Jato. Pergunto: também trocou mensagens com advogados de defesa, ministros, desembargadores, membros do Congresso ou até jornalistas, passando as mesmas mensagens sobre processos? O senhor disse que não tem mais essas mensagens, autoriza o Telegram a fornecê-las? Eles devem ter em seus servidores. O senhor autoriza Dallagnol a entregar o celular?, pois pelo visto ele não apagou as mensagens. Isso acabaria com o que o senhor chama de sensacionalismo", questionou Coronel.
Moro respondeu: "Não tenho como disponibilizar um material que não existe. Não me recordo se três anos atrás mandei mensagem daquela natureza". Na tréplica, Coronel insistiu na pergunta: "Não estamos questionando a Lava Jato. Eu fiz uma pergunta: o senhor autoriza o Telegram a fornecer as mensagens que estão na nuvem? Se tudo é normal, vamos esclarecer para acabar esse sangramento".
Já o Otto ironizou o ministro da Justiça durante a audiência de esclarecimento do ex-juiz da Lava Jato de Curitiba. Após Moro afirmar que não lembra das mensagens, o baiano rebateu o ministro: “O ministro Sérgio Moro tem péssima memória”, ironizou o senador, relembrando a gafe que ele cometeu em uma entrevista ao programa "Conversa com Bial". Na ocasião, o ex-magistrado disse que adorava ler biografias, mas não lembrou a última que havia lido.
Wagner, por sua vez, sugeriu que Moro renuncie ao cargo do governo Bolsnaro. "Confesso até que imaginei que o ministro pudesse até pedir afastamento pra responder e esclarecer", disse Wagner. Ele rebateu o argumento de Moro, que acusa a imprensa de fazer sensacionalismo na divulgação das mensagens.  "Todas as ações [da Lava Jato também] tiveram caráter claramente sensacionalista", alfinetou. Tribuna da Bahia

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