Cesta básica aumentou mais de 5% em fevereiro na capital baiana

Ainda que esteja ostentando o título de segunda capital do país com a cesta básica mais barata, Salvador vem observando aumentos expressivos quando o assunto é o conjunto de mantimentos. Nos últimos três meses, no período entre dezembro de 2019 e fevereiro deste ano, houve um acréscimo de 15,06% no preço final dos produtos. Somente no mês passado, a elevação foi de 5,05%, chegando ao preço de R$ 395,49. O índice na capital baiana, em fevereiro, ficou apenas atrás dos registrados em Fortaleza/CE (+6,83%) e Recife/PE (+6,15%). Dessa vez, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o grande vilão foi o tomate que, em Salvador, teve aumento de 44,53% no peço médio – se formos contar janeiro e fevereiro, o acréscimo foi de quase 65%. Elevações também foram registradas na banana (5,78%), no açúcar (4,82%), no arroz (3,35%), no óleo de soja (3,30%) e no café (0,76%). Por outro lado, conforme o levantamento, divulgado pelo órgão na manhã de ontem, seis dos doze produtos que compõem a cesta tiveram queda nos preços médios: manteiga (-2,08%), farinha de mandioca (-2,05%), carne (-1,92%), leite (-1,00%), feijão (-0,48%) e no pão francês (-0,10%). Mas, mesmo com os resultados positivos chamando a atenção, Salvador ainda está entre as três primeiras do Brasil no ranking das cestas básicas mais baratas dentre as 17 capitais pesquisadas, atrás apenas de Aracaju/SE, que possui o conjunto de mantimentos mais barato, custando R$ 371,22, mas a frente de João Pessoa/PB (R$ 403,98). Nos últimos 12 meses, Salvador registrou uma alta de 8,97%. Na contramão, São Paulo, Rio de Janeiro e Florianóplis/SC foram às capitais onde a cesta estava mais cara no mês passado. Para se ter uma ideia, na capital paulista, o preço dos mantimentos foi de R$ 519,76, quase 24% mais caro do que o encontrado aqui. Nas cidades onde a pesquisa foi feita, no mês passado, houve queda nos preços da cesta em apenas sete, sendo que Campo Grande/MS foi a que teve a maior baixa: -2,75%. Por: Yuri Abreu