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sexta-feira, 12 de março de 2021

Rui Costa tenta comprar vacina Sputnik V após sanção de lei

 

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse ontem que mandou a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a Secretaria de Saúde celebrar contrato com o Fundo Soberano Russo para a compra da vacina Sputnik V contra a Covid-19. A medida do chefe do Palácio de Ondina ocorreu após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionar a lei que facilita a compra de imunizantes contra o coronavírus. "Também faremos com máxima brevidade a formalização junto à Anvisa do pedido de autorização para importação e aplicação da vacina na Bahia”, disse Rui Costa, em uma postagem nas redes sociais.
Bolsonaro sancionou uma medida provisória e dois projetos de lei aprovados pelo Congresso Nacional. Uma proposta facilita a compra de vacinas pela União, pelos governos estaduais e municipais e pela iniciativa privada. A outra permite compra de imunizantes antes de aval da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dá sete dias úteis para a agência decidir sobre a aprovação temporária de vacinas. Bolsonaro também sancionou a medida que prorroga até 31 de dezembro de 2020 a suspensão da obrigatoriedade de manutenção de metas pelos prestadores de serviço de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).
A empresa responsável pela Sputnik V assegurou ao governador que teria capacidade de fornecer cerca de 6 milhões de doses até abril para o Nordeste. O chefe do Palácio de Ondina tem criticado duramente a demora do país para aquisição de vacinas. Ele chegou a chamar de “aberração” a exigência da Anvisa para que haja testes da vacina contra o coronavírus no Brasil antes de liberar o uso do imunizante. A agência recusou pedido de uso emergencial feito pelo laboratório União Química da vacina russa Sputnik V, por falta de testes no país.
A eficácia deste imunizante, segundo resultados preliminares publicados pela revista científica "Lancet", é de 91,6%. “Não faz sentido o governo federal estar protelando a análise desta vacina. O que nós questionamos é a aberração de condicionar a vistoria dos documentos à realização de um estudo de caso no Brasil, o que demoraria, pelo menos, 90 dias. Nós não temos esse tempo”, declarou. Após as críticas públicas, a Anvisa dispensou a necessidade de ensaios clínicos de fase 3 no Brasil para conceder registros emergenciais de vacinas contra a Covid-19. Rui celebrou a decisão com o argumento de que “além de salvar milhares de vidas humanas, de esvaziar os hospitais, nós vamos retomar a vida, a normalidade, retomar a economia, o emprego, a renda, diminuir o sofrimento do nosso povo”.
Fonte: Tribuna da Bahia

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