O governador da Bahia, Rui Costa (PT), voltou a tecer duras críticas ontem ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista para a imprensa na região de Irecê, ele avaliou que a atual gestão federal entrou para a história do mundo como o "pior governo" durante a pandemia da Covid-19. Para o baiano, além de não ajudar, Bolsonaro "atrapalha muito".
"O desastre do Governo Federal é de absoluto desrespeito com a vida humana. Então, este governo que aí está já entrou definitivamente para a história do Brasil como o pior governo que já existiu no Brasil. E o pior é que não entrou só na história do Brasil. Eu acho que já entrou na história do mundo. Daqui a 50 anos, quando alguém estiver ouvindo ou lendo alguma reportagem sobre a pandemia em 2020 e 2021, que matou milhares de pessoas no mundo inteiro, vai estar lá aparecendo que o pior país do mundo durante a pandemia e com maior número de mortes foi o Brasil", ressaltou.
O petista lembra que Bolsonaro minimizou as mortes decorrentes da doença. “Ao longo desses 12 meses, a cada data em que a gente chorava por 10 mil, 20 mil ou 50 mil mortes, qual exemplo que o presidente da República dava? Em uma data que completou 20 mil, foi passear de ski. Quando completou 50 mil, disse 'o que eu tenho a ver com isso?'. Completou 100 mil, foi fazer churrasco. Então, são demonstrações sucessivas de desrespeito com a vida humana. Viajou várias vezes para a Bahia sem usar máscara".
Rui ainda teceu críticas à política nacional e citou como exemplo a eleição do vereador Dr. Jairinho (SD), do Rio de Janeiro, que é apontado como autor da morte do menino Henry Borel. Contudo, Rui ainda se diz otimista. "Não perco a esperança. Tenho certeza que esse pesadelo que estamos vivendo vai passar".
Ainda na entrevista, Rui afirmou que tem mantido reuniões com prefeitos do interior para acelerar a vacinação. "A Bahia tem se destacado na vacinação e isso não é um mérito do governador. É um mérito das equipes de vacinação", ressaltou. Segundo ele, também foram feitas várias ações voltadas ao comércio nas cidades que tiveram suspensão durante o toque de recolher, como a isenção do ICMS. Divulgação / GOV BA
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