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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Eleição provocará “dança das cadeiras” dos partidos na Bahia

 
Por Rodrigo Daniel Silva
A eleição do próximo ano provocará uma verdadeira “dança das cadeiras” dos partidos na Bahia. Isso porque legendas que hoje pertencem a um grupo político vão mudar de lado, por causa de fatores nacionais e até mesmo locais. Uma das agremiações políticas que deve trocar de lado é o Partido Verde.
Da base liderada pelo ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (União Brasil) há quase 10 anos, o PV pode migrar para o grupo do governador Rui Costa e do senador Jaques Wagner, ambos do PT, em virtude da federação. 
O partido aprovou neste mês a criação de uma federação com o PSB e PCdoB, e sinalizou apoio à candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pela lei eleitoral, os partidos que compõem uma federação são obrigados a ficarem unidos em todos os estados e atuarão uniformemente no território nacional. 
A legislação diz ainda que os partidos que formarem federações deverão se manter unidos por pelo menos quatro anos, funcionando como um único partido no Congresso, dividindo Fundo Partidário, tempo de televisão e unificando o conteúdo programático.

Outro partido que deve deixar o grupo de ACM Neto é o PL. O presidente Jair Bolsonaro se filiou a esta sigla, e a tendência é que lance o ministro da Cidadania, João Roma, ao governo da Bahia na eleição do próximo ano. O Republicanos, que é ligado à Igreja Universidade do Reino de Deus (IURD), também pode trocar de lado. 
Deixar a ala de ACM Neto a fim de migrar para o grupo político que João Roma tenta criar no estado. O Republicanos, no entanto, quer que o auxiliar de Bolsonaro mostre ter viabilidade eleitoral antes de apoiá-lo. 

O MDB é mais um partido que avalia mudar de campo político. Os emedebistas, que atualmente estão com ACM Neto, podem caminhar com o pré-candidato Jaques Wagner na eleição do próximo ano. Se o ex-prefeito pode perder o apoio do PV, PL, Republicanos e MDB, ele pode conquistar o Podemos. 
O governador indicou que não quer a legenda na sua base, já que a sigla deve lançar o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, como candidato à Presidência em 2022. “(Moro) é responsável por esse caos que o Brasil vive. Tem dois grandes responsáveis: um atual presidente e o outro é ele (Sérgio Moro). E, portanto, não é possível (ter uma relação partidária com o Podemos)”, disse Rui Costa.
  
Já Wagner, se pode ter o endosso do PV e MDB na corrida eleitoral, corre o risco de ficar sem o PP. Roma quer formar na Bahia a “tríplice coroa partidária” com o PP, Republicanos e PL, que devem apoiar Bolsonaro na briga pela reeleição. "Para o próximo ano, caminhando para a reeleição do presidente Bolsonaro, como núcleo central, é importante que haja harmonia de três partidos que estão mais próximos hoje do governo, que são o PL, o Republicanos, que eu faço parte, e o Partido Progressistas, partido do senador Ciro Nogueira, que é o ministério chefe da Casa Civil. 
Então, é muito importante estabelecer essa harmonia entre esses três principais e a partir disso nós construímos um arco de aliança e apresentar na reeleição do presidente aos brasileiros no próximo ano", declarou Roma recentemente.

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