Por Lily Menezes
Os festejos juninos são sinônimo de forró e fogueira, mas também de licor, amendoim, roupa nova pra curtir o arrasta-pé... E todo esse cenário é sinônimo de aquecimento para o comércio varejista, principalmente para aqueles empreendedores que trabalham com produtos e serviços diretamente ligados ao universo das folias de São João e São Pedro.
Os festejos juninos são sinônimo de forró e fogueira, mas também de licor, amendoim, roupa nova pra curtir o arrasta-pé... E todo esse cenário é sinônimo de aquecimento para o comércio varejista, principalmente para aqueles empreendedores que trabalham com produtos e serviços diretamente ligados ao universo das folias de São João e São Pedro.
Após amargar dois anos de cancelamento desses eventos, a Bahia deve movimentar R$ 550 milhões nas cidades de médio porte que terão algum tipo de comemoração, de acordo com projeções da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE). Serão pelo menos 40 mil empregos temporários apenas neste mês de junho.
O destaque permanece com o setor de Comércio e Serviços, responsável por movimentar a maior parte da economia baiana.
“O comércio baiano está esperançoso! As festas juninas trazem ótimas oportunidades para atraírem ainda mais consumidores e aumentarem a receita do território baiano. O mês de junho impulsiona a venda de diferenciados produtos para este mês, além de contribuir para o turismo nos municípios do Estado e gerar empregos nas regiões.
“O comércio baiano está esperançoso! As festas juninas trazem ótimas oportunidades para atraírem ainda mais consumidores e aumentarem a receita do território baiano. O mês de junho impulsiona a venda de diferenciados produtos para este mês, além de contribuir para o turismo nos municípios do Estado e gerar empregos nas regiões.
É um momento de valorização cultural para a Bahia”, disse José Nunes, titular da SDE. De olho nesse momento de retomada, as cidades estão se preparando para dar a volta por cima e ver a movimentação nas festas subir igual a um rojão. Em Cruz das Almas, um dos destinos mais requisitados por baianos e turistas para curtir a festa, já tem hotel que atingiu a lotação máxima ainda em maio e a expectativa é de que 80 mil pessoas circulem na cidade, com uma arrecadação de R$ 5 milhões só durante o São João.
O Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas-BA) estimou um incremento em torno de 10% no faturamento; segundo Paulo Motta, presidente da entidade lojista, o São João é um grande impulsionador das vendas do setor neste período. “Nossa expectativa é de muita confiança para o mês de junho”, afirmou, colocando o setor de vestuário como um dos mais procurados.
“Todo mundo quer uma roupinha nova para ir brincar o São João”. Mas não fica por aí: os produtos típicos da data, como licores e bolos artesanais, tem grande saída, movimentando a agricultura familiar e colocando em evidência os pequenos produtores, sobretudo com a oferta de itens exclusivos. “Os licores trufados acabaram ligeiro, não teve pra quem quis. É uma coisa diferente pra matar a saudade de um forró”, disse uma atendente de uma padaria no Bonfim à reportagem, que separava as últimas unidades dos licores tradicionais do Arraiá do Quiabo (Cachoeira, no Recôncavo Baiano) com valores entre R$ 15 e R$ 18. Os trufados se diferenciam por levarem chocolate ao leite ou branco na produção e custam R$ 40.
Durante o final de semana, já tinha muita gente indo aos centros de compras providenciar o visual pra pegar o caminho da roça, com espera na fila das principais lojas de departamento. De acordo com a seção baiana da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), o faturamento dos empreendimentos deve ganhar um incremento de 15% nas datas comemorativas de junho. Já a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) teve uma projeção mais discreta, de 5,2% para os setores vinculados ao São João.
Mesmo assim, os ganhos do período são muito importantes para o comércio, depois de um período notadamente complicado da pandemia. Novamente, os segmentos que sairão ganhando com a demanda reprimida das festas juninas são o vestuário (+4,4% de crescimento) e os supermercados (+5,3%).
“De forma geral, junho tende a ser um mês positivo nos setores do comércio que são influenciados pela festa de São João, apesar do aumento de preços acima da inflação geral. A volta do evento presencial e com grande expectativa da população da região trará grandes benefícios para a economia, além do impulso nas vendas, muitas oportunidades de emprego”, comentou Guilherme Dietze, consultor econômico da Fecomércio-BA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário