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segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Eleição mantém em pé tabus históricos na Bahia

 
A eleição deste ano ao governo da Bahia manteve, pelo menos, três tabus históricos de pé. Com a derrota de ACM Neto (União) para Jerônimo Rodrigues (PT), Salvador permanece sem ter um prefeito democraticamente eleito como governador da Bahia.  

O avô de Neto, Antonio Carlos Magalhães, foi governador depois de ter sido prefeito da capital baiana, mas foi indicado para o cargo municipal pela ditadura militar.

Outro tabu, que dura há 60 anos, é do governador eleito conseguir também eleger o seu senador. Jerônimo Rodrigues foi eleito, neste ano, com o senador Otto Alencar (PSD), que foi reconduzido ao posto. A última vez que não ocorreu isso foi em 1962, quando a chapa completa de Lomanto Júnior não teve sucesso eleitoral.

Naquele ano, Lomanto Júnior foi eleito, mas seus candidatos ao Senado, Dantas Júnior e João de Lima Teixeira, foram derrotados. Os vitoriosos foram Antônio Balbino e Josaphat Marinho, que apoiavam o postulante a governador Waldir Pires.

Mais um tabu que se manteve intacto foi o do candidato à Presidência vitorioso no estado eleger o governador da Bahia. Essa tradição se mantém desde 2002.

Naquele ano, Lula (PT) foi o mais votado na Bahia, mas o seu postulante a governador, Jaques Wagner (PT), foi derrotado por Paulo Souto (PFL - hoje União Brasil). 

O senador Otto Alencar relembrou a história desta eleição em entrevista recente à Rádio Metropole. Neste ano, Lula conseguiu eleger Jerônimo Rodrigues governador da Bahia.

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