“Foram pessoas responsáveis por pastas que fizeram coisas erradas e, infelizmente, eu tomo para mim, porque eu não vou responsabilizar ninguém. Eu fui o culpado e acabou”, afirmou o ex-gestor.
Nesta quinta-feira (27), uma entrevista do ex-prefeito de Nilo Peçanha, Carlos Azevedo, concedida a uma web rádio de Valença, causou um verdadeiro alvoroço político. Azevedo, que é pré-candidato a prefeito, fez declarações bombásticas sobre sua gestão passada, admitindo a existência de corrupção relacionada a combustíveis e linhas de transporte.
Sem rodeios, Carlos Azevedo, que estava acompanhado de seu pré-candidato a vice-prefeito, o empresário Reginaldo, confessou que não conseguiu controlar seus colaboradores e que desconhecia as falcatruas ocorridas durante seu mandato. Ele ainda afirmou que assume total responsabilidade pelos desvios, isentando sua equipe de qualquer culpa.
“Bem, amigo, eu sou o Carlos Azevedo. Nascido em Nilo Peçanha, sou um cara que me considero direito. Agora, eu ou qualquer um que seja prefeito, não controla, de jeito nenhum, a equipe que trabalha numa prefeitura. Se houve erro, se houve falha, eu não sou contador e nem era advogado na ocasião. Eu não conhecia esse tipo de coisa que aconteceu. Foram pessoas responsáveis por pastas que fizeram coisas erradas e, infelizmente, eu tomo para mim, porque eu não vou responsabilizar ninguém. Eu fui o culpado e acabou. Agora, não fui eu que fiz nada de errado, nem em combustível e nem em superfaturamento de linhas”, afirmou o ex-gestor.
As declarações de Carlos Azevedo caíram como uma bomba em Nilo Peçanha. A admissão de corrupção durante sua gestão de oito anos trouxe à tona uma série de questionamentos e reações por parte dos moradores e das autoridades locais. Atualmente, já existem apurações em andamento, após denúncias de irregularidades durante o seu mandato.
A entrevista gerou um misto de surpresa e indignação na população. Muitos cidadãos expressaram nas redes sociais sua perplexidade com a sinceridade inesperada do ex-prefeito, enquanto outros criticaram sua postura de assumir a culpa sem tomar medidas concretas contra os responsáveis diretos pelos desvios.
Em um cenário onde a ética e a transparência são cada vez mais exigidas pelos eleitores, a postura de Carlos Azevedo será, sem dúvida, um ponto central de debate nas próximas eleições municipais.
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