quinta-feira, 24 de julho de 2025

Cajado se revela entusiasta da federação PP-União Brasil e crava apoio a ACM Neto em 2026

 

Depois de ficar bem próximo de encaminhar o apoio do PP ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), com a negociação que envolvia a ocupação de espaços na gestão estadual, o deputado federal Cláudio Cajado (PP) já admite que hoje, diante da federação da legenda com o União Brasil, o cenário está consolidado para caminhar com ACM Neto em 2026 na disputa pelo governo do Estado.

“No ponto de vista eleitoral, vai apoiar ACM Neto ou vai apoiar Jerônimo? O partido, pelo critério, vai ficar com ACM Neto”, sentenciou Cajado, numa entrevista ao programa Se Ligue Bahia, na Itapoan FM.

O critério a que ele se refere é o acerto nacional de que a presidência da federação nos estados – e portanto o controle das decisões – ficaria com a sigla com o maior número de deputados federais. Na Bahia, são seis do União Brasil e três do PP, já excluindo o deputado Neto Carletto que migrou para o Avante.

O que torna o apoio a Neto animador é o novo formato eleitoral que a federação proporciona, com um número menor de candidaturas e o fundo partidário turbinado.

“A federação é boa porque você vai otimizar dois partidos com fundos eleitorais altos”, afirmou Cláudio Cajado, detalhando as cifras de cada um dos partidos.

“Ora, se você pega o União Brasil com R$ 55 milhões e o PP com R$ 45 milhões, dá R$ 100 milhões [de fundo eleitoral], mas não vai se lançar 80 candidatos como era antes, 40 do União Brasil e 40 do Progressistas separado. Você vai lançar 40 candidatos pela federação com o fundo de R$ 100 milhões. Então a relação é muito maior para você ter condição dos candidatos terem um valor para fazer uma campanha mais forte, o que vai significar que os 40 candidatos da federação vão ter muito mais votos”, projetou.

“Uma coisa é você gastar 40 isoladamente com o União Brasil e 40 isoladamente com o PP. Outra coisa é você juntar 40 numa federação só. Então a perspectiva hoje de ter nove deputados eleitos é podermos eleger 11 e talvez até 12 por conta dessa junção”, reforçou.

Segundo ele, o proveito da aliança entre União Brasil e PP vai exceder o processo eleitoral e ajudará no cumprimento dos futuros mandatos. Hoje o grupo, diz Cajado, tem 113 deputados federais e 13 senadores.

“É uma força muito grande que vai decidir qualquer posição de projeto que tenha de ser votado”, assinalou.

“Além da força política, além da otimização político-eleitoral na campanha, você vai ter, de fato, um partido que pensa mais ou menos igual como centro-direita e políticos valorosos que lá na frente vão poder desempenhar no mandato com boas relatorias, boas posições partidárias dentro da estrutura da Câmara, de comissão, de relatoria, de Mesa Diretora, o que dá muita força política aos membros integrantes desses partidos, no caso da federação”, avaliou.

Política Livre

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