A determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, foi para garantir a ordem pública, depois que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, ter convocado uma vigília em frente ao condomínio Jair Bolsonaro, na noite desta sexta-feira (21). A PF entendeu que o ato representava risco para participantes e agentes policiais.
Na decisão, Moraes cita a postagem de Flávio Bolsonaro, que “incita adeptos” do ex-presidente “a se deslocarem até as proximidades da residência do condenado”.
“O senador da República faz uso do mesmo modus operandi, empregado pela organização criminosa que tentou um golpe de Estado no ano de 2022, utilizando a metodologia da milícia digital para disseminar por múltiplos canais mensagens de ataque e ódio contra as instituições”, diz trecho.
Ainda de acordo com , os elementos apresentados evidenciam a possibilidade concreta de que a vigília convocada ganhe grande dimensão, “com a concentração de centenas de adeptos do ex-presidente nas imediações de sua residência, estendendo-se por muitos dias, de forma semelhante às manifestações estimuladas pela organização criminosa nas imediações de instalações militares, especialmente no final do ano de 2022, com efeitos, desdobramentos e consequências imprevisíveis”.
Bolsonaro foi preso por volta das 6h. Ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, sem o uso de algemas e com respeito à dignidade do ex-presidente, conforme determina o despacho de Moraes.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não estava em casa no momento da detenção. Ela usou as redes sociais para reagir à prisão do marido com um trecho do Salmo 121:1-8 que diz: "Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro. 2 O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra".
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