A investigação teve início após a Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude (CEFRA), da Caixa Econômica Federal, identificar irregularidades no cadastramento de biometrias em contas de idosos. Com as falsificações, os criminosos conseguiam realizar saques vultosos e movimentações indevidas, causando prejuízo estimado em mais de R$ 1 milhão apenas na Bahia.
As apurações apontam que os envolvidos faziam os cadastros fraudulentos em agências da Caixa no Pará, utilizando pessoas mais jovens para se passarem por correntistas centenários. Após a inclusão da biometria falsa, eram feitos saques em lotéricas e depósitos em contas ligadas ao grupo. Parte dos investigados são funcionários recém-contratados da instituição financeira que usavam acesso privilegiado para facilitar as fraudes.
Pelo menos 20 contas foram fraudadas em agências das cidades de Guanambi, Salvador, Serrinha, Eunápolis, Feira de Santana, Castro Alves, Cachoeira, Euclides da Cunha, Conceição do Coité e Itamarajú.
A operação cumpre dois mandados de suspensão do exercício da função pública contra empregados da Caixa, além de três mandados de busca e apreensão em Belém (PA) e Dom Eliseu (PA). A Justiça Federal determinou também o bloqueio das contas bancárias dos investigados para descapitalizar o grupo criminoso.
O nome da operação faz referência ao “mimetismo”, mecanismo de camuflagem da natureza — uma analogia ao uso de identidades falsas para dificultar a ação policial. Os suspeitos responderão por furto mediante fraude, associação criminosa e outros crimes previstos na legislação.

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