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segunda-feira, 6 de maio de 2013

PROFESSORA GIL: O papel do Educador Físico no combate a obesidade infantil.

Falar em obesidade num país onde se estima que cerca de 13 milhões de pessoas passam fome ou sofrem com desnutrição pode parecer ironia, mas o fato é que 40% da população é obesa e 15% desse percentual são crianças e se essa situação não for contornada os números serão ainda mais alarmantes. As causas da obesidade infantil são diversas. Segundo Oliveira(2003) estas causas são de caráter multifatorial, envolvendo fatores biológicos, psicológicos e ambientais, sendo que este último que envolve a inatividade física seguido dos maus hábitos alimentares  tem se mostrado fator determinante. Uma das razões que explicam o crescente índice de sedentarismo é a violência nas cidades e as crianças trocam as brincadeiras saudáveis pelos jogos em computadores, vídeo games e televisão. O papel do educador físico diante dessas circunstâncias se torna importante e essencial.

Incentivar as crianças a prática de atividade física e hábitos saudáveis na  alimentação é fundamental. Essa conscientização também deve se estender aos familiares. As unidades escolares podem promover palestras sobre esse assunto ou aproveitar momentos nas reuniões com os pais a fim de proporcionar conhecimentos ás famílias sobre diferença entre sobrepeso e obesidade dessa forma despertar interesse quanto aos cuidados necessários na alimentação e incentivo a prática de atividade física.
Definição de SOBREPESO segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): peso corporal que excede o peso normal dos indivíduos da mesma raça, sexo, idade e constituição física. Definição de OBESIDADE segundo a (OMS):é doença na qual o excesso de gordura corporal acumulada no organismo aumentou o peso corporal de tal forma que pode prejudicar a saúde. Ambos, sobrepeso e obesidade, podem ser provocados pelo desequilíbrio entre a quantidade e qualidade das calorias consumidas e gastas durante as atividades físicas diárias.
Os educadores devem fazer com que os pais e familiares compreendam  que o tratamento de obesidade e sobrepeso é realizado em longo prazo, as mudanças nos hábitos alimentares para que se tornem saudáveis e agradáveis  bem como os exercícios físicos devem ser incluídos gradativamente  na rotina da criança para que ela possa se adaptar e a perda de peso venha como consequência desses processos.
O conhecimento quanto aos riscos á saúde por causa da obesidade também devem ser multiplicados. O educador físico precisa esclarecer que combater a obesidade não é uma necessidade exclusivamente estética. O que se pretende é informar aos pais é que a obesidade pode acarretar  doenças antes mais diagnosticadas nos adultos, como problemas cardiovasculares, hipertensão, diabetes e colesterol alto.
Além desses diagnósticos citados, podemos evitar as seguintes complicações:

·         Maior predisposição a artroses, osteoartrite
·         Hipertensão arterial sistêmica
·         Hipertrofia cardíaca
·         Aumento do risco cirúrgico
·         Idade óssea avançada
·         Maior predisposição a micoses e dermatites
·         Resistência à insulina e maior predisposição ao diabetes
·         Aumento da freqüência de litíase biliar
·         Maior freqüência de câncer de endométrio, mama, vesícula biliar,
·         cólon/reto, próstata

As consequências da Obesidade no aspecto Psicossocial:

·         Discriminação social e isolamento
·         Afastamento de atividades sociais
·         Dificuldade de expressar seus sentimentos

As dificuldades respiratórias costumam ser frequentes como a apnéia do sono, asma e por consequência ocorre a diminuição da eficiência muscular e aumento do esforço respiratório.
Diante de todas essas considerações, convido a todos a refletir sobre formas de intervir na prevenção e no controle da obesidade infantil na escola.
Desejo que os gestores das unidades escolares possam valorizar o educador físico que tem um papel importante nesse processo, bem como apoiar as suas práticas pedagógicas na escola.



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