A FELICIDADE
É possível nos fecharmos em um mundo particular com muros altos,
inacessíveis, indiferentes, como se nos bastássemos e pronto? O fato de a
felicidade morar em nós não significa que temos que nos fechar, especialmente
por uma razão: felicidade, amor, paz, consciência, tudo o que nos habita,
cresce na medida em que doamos.
É como o amor, ele vive em nós, não
precisamos buscá-lo em ninguém, mas o amor se aperfeiçoa quando
compartilhado. É uma
lógica inversa: se eu escondo só para mim, diminui, se posso doar, cresce. Você
não depende do outro, não busca em ninguém, não projeta em quem quer que seja
porque sabe que está em você. Quem busca no outro se enxerga vazio, esse
nunca compartilhará. Será um vampiro emocional, alguém que acredita que um dia
encontrará a felicidade no outro, nunca em si mesmo, por isso projeta, suga,
procura e não sacia. Quem
sabe o que lhe habita, deixa que as virtudes cresçam para dentro, como condição
existencial que se projetará na consciência, que irradiará naturalmente
promovendo conexões. Quando o
amor mora em mim, apenas serei amor e isso produzirá vínculos, jamais
autossuficiência, ou separação, ou arrogância. Portanto, há, sim, felicidade em você, tudo
começa dentro, não se busca em ninguém o que cresce em você, no entanto, uma
vez percebido, sem vampirismo, naturalmente, seu caminho será na direção dos
vínculos, do compartilhar, do doar-se, da felicidade, jamais da
solidão. Fique bem.
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