As
eleições deste ano contarão com 270 candidatos que se declararam pastores, um
crescimento de 40% com relação ao pleito de 2010, quando 193 pessoas disseram
ocupar o cargo. Além disso, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) registrou a
candidatura de 32 bispos (25% a menos do que em 2010) e 16 padres (30% a
menos). O PSC lidera a indicação de sacerdotes: são 37 clérigos evangélicos
--um deles é o pastor Everaldo, que disputa a presidência da República pelo
partido. Nas últimas pesquisas Datafolha e Ibope, ele estava em quarto lugar
com 3% das intenções de voto. Os partidos de esquerda lideram as indicações de
párocos católicos: o PT conta com cinco padres, e o PC do B, com três. Nenhum
candidato adotou o termo rabino ou imã.
A
população evangélica do país cresceu 61,5% em dez anos e atingiu a marca de
42,3 milhões de fiéis, cerca de 22,2% da população brasileira, segundo dados do
Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado
em 2012. O voto evangélico é cortejado tanto pelo partido da presidente Dilma
Rousseff (PT), quanto por seu principal adversário na disputa, o tucano Aécio
Neves. Atualmente a bancada evangélica na Câmara Federal tem 66 parlamentares.
Nesta quinta-feira (31), a presidente deve participar da inauguração do Templo
de Salomão da Igreja Universal do Reino de Deus. O local tem 74 mil metros
quadrados de área construída (3,2 vezes maior a Basílica de Aparecida), o
equivalente a 18 andares de altura e capacidade para 10 mil pessoas. Durante as
eleições presidenciais de 2010 a questão do aborto entrou na pauta dos
candidatos. José Serra (então candidato do PSDB à Presidência) e seu vice,
Índio da Costa (DEM), insinuaram que Dilma seria defensora da prática.
Propaganda no templo No último dia 18, o pastor Everaldo participou de um culto
evangélico em Brasília e intercalou orações e promessas para o futuro do país.
A lei eleitoral proíbe a realização de campanha dentro de templos religiosos.
Se configurado o descumprimento da regra, o candidato pode ser multado por
propaganda irregular. Os valores vão de R$ 2.000 a R$ 8.000. O candidato negou
que tenha feito campanha. (Estadão Conteúdo)
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