A avaliação faz parte do prognóstico climático divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que projeta as condições climáticas para o período entre janeiro e março de 2026.
Segundo o levantamento, as temperaturas devem ficar acima da média histórica em todo o estado. Em Salvador, os termômetros podem oscilar entre 29°C e 35°C, com sensação térmica elevada em dias de maior insolação.
A capital também pode registrar episódios pontuais de chuvas intensas, associadas à formação de nuvens carregadas, o que aumenta o risco de alagamentos e impactos no trânsito.
No interior da Bahia, o cenário inspira mais cautela. A previsão indica volumes de chuva abaixo da média, principalmente nas primeiras semanas do verão, o que pode agravar o déficit hídrico em áreas do semiárido e dificultar atividades agrícolas que dependem da água da chuva.
Em algumas regiões, os acumulados podem ficar até 100 milímetros abaixo do esperado para o período.
Além da redução das precipitações, o calor mais intenso amplia os desafios para o abastecimento de água e para a produção rural.
Técnicos alertam para a necessidade de reforçar práticas de manejo do solo e da água, como conservação da umidade, planejamento do plantio e uso racional dos recursos hídricos.
De acordo com os meteorologistas, o verão deve ocorrer sob condição de neutralidade do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS), após um período de influência da La Niña em 2025.
Com isso, sistemas regionais passam a ter maior peso na definição do clima, como a Zona de Convergência Intertropical, que influencia as chuvas no Nordeste, especialmente no norte da região.
A combinação entre calor acima da média e chuvas irregulares reforça a necessidade de atenção redobrada tanto nas áreas urbanas quanto no campo ao longo do verão de 2026.

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