No ar desde a última terça-feira (19), ontem, foi exibida mais uma edição
do bloco dos programas aos candidatos a presidente. Concorrente à
reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) dedicou seu tempo para
abordar obras realizadas nos últimos anos em que o PT esteve à frente do Executivo nacional.
Aécio Neves (PSDB) mostrou trajetória e o PSB,
pela primeira vez, após a confirmação de Marina Silva (PSB) como
sucessora de Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo no dia 13 de
agosto, trabalhou a imagem da ex-ministra nos seus dois minutos, quase o dobro do que ela teve há quatro anos, no PV.
Como no programa de rádio durante a manhã, com trechos do material gravado no ato de oficialização do nome Marina como sucessora do ex-governador de Pernambuco, a socialista afirmou que deverá seguir os ideais de Campos.
“Sem Eduardo, temos hoje o que sempre nos uniu: tudo
aquilo que fizemos juntos. É o que faremos daqui para frente. O programa
é, em si mesmo, o pacto selado. O acordo maior que nos une”, disse a
detentora de pouco mais de 19 milhões de votos no pleito de 2010.
“Convoco a todos que saíamos do trauma da perda de Eduardo dispostos a nos entendermos para levar adiante nossa missão. Devemos isso a ele e ao povo brasileiro.”
A presidente Dilma
criticou o que classificou de atraso de anos da possibilidade do país
articular e planejar programas sociais e obras de infraestrutura.
Exprobrou o PSDB com menção a uma espécie de comparação da gestão tucana
e da petista nos últimos anos.
Lembrou-se de quando foi ministra do governo Lula e
garantiu que a sua gestão fortaleceu aquilo que foi preparado pelo
antecessor. “Quando falam que o Brasil está parado, acho até graça. O
Brasil está realizando obras que eram esperadas a décadas”, resumiu,
entre as imagens da Integração do Rui São Francisco, de ferrovias, as
obras da Hidrelétrica de Belo Monte e da Adutora do Pajeu em Pernambuco, por exemplo.
Em sua passagem no horário, o ex-presidente Lula foi o
único que fez críticas diretas à imprensa.”Dilma só conseguiu fazer
tanta obras porque enfrentou de cabeça erguida uma das piores campanhas
negativas de certa imprensa, que se transformou no principal partido de
oposição”, afirmou o padrinho político da petista.
A candidata foi a única que cresceu seu tempo na
televisão e no rádio, dos 10 minutos e 38 segundos de 2010, saltou para
11 minutos e 24 segundos, um crescimento de 7,2%.
Aécio, cujo tempo do PSDB caiu sete minutos e 18
segundos em 2010 para quatro minutos e 35 segundos para 2014, repetiu
trecho de discurso do primeiro programa que fala da necessidade de
mudança do comando do Brasil com a proposta do “Bem Vindo Brasil ao novo jeito de governar”.
O programa do tucano, em um segundo momento, enalteceu a
figura do mineiro neto de Tancredo Neves e a trajetória político
desempenhada pelo cacique do PSDB, como a presidência da Câmara dos
Deputados e o governo do Estado de Minas Gerais, no qual terminou o segundo mandato com um incide de 92% de aprovação.
O pelotão dos “nanicos” como é chamado o grupo dos
candidatos que não possuem cerca de 10% das intenções de votos das
últimas pesquisas, no uso do horário eleitoral, repetiram os discursos
do primeiro dia.
Os postulantes Zé Maria (PSTU) e Luciana Genro (PSOL),
por exemplo, utilizaram imagens das manifestações de junho do ano
passado.
Deputados
Nenhuma novidade apareceu no bloco local dos deputados federais. As
agremiações ligadas à candidatura de Rui Costa (PT) voltaram a enaltecer
a imagem do “time de Lula” e os oposicionistas criticaram os petistas
com frases de efeito.
Inclusive, a coligação do candidato a governador, Paulo Souto (DEM),
foi proibida pela Justiça Eleitoral de utilizar símbolos do PT nos seus
programas, como fazia quando atacava o adversário.
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