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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

POLÍTICA: 'Acho graça pedir minha renúncia e não de Dilma', diz Cunha

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ontem que aqueles que defendem sua renúncia também deveriam, pelo mesmo "parâmetro", pedir a saída da presidente Dilma Rousseff. "Eu acho graça de alguns que vêm aqui falar da minha renúncia, mas não pedem da presidente Dilma. Se for pelo mesmo parâmetro, você teria muitas e iguais motivações", disse ao Estado. Em seu gabinete, Cunha conversou com a reportagem na manhã de ontem, antes da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki de sequestrar e bloquear os recursos de contas na Suíça onde ele figura como controlador, segundo a Procuradoria-Geral da República. Questionado no fim da tarde sobre o assunto, Cunha afirmou: "Sequestro de recursos que estão me atribuindo. Não vou comentar. Isso é com o meu advogado".
O senhor nega que tem contas no exterior. Como pretende provar que não é proprietário delas?
Eu reitero todos os pontos das notas públicas que divulguei. Sobre esse assunto, só vou falar por meio de nota ou por intermédio dos meus advogados na medida em que conheça aquilo que a gente está sendo acusado. Até o momento, eu não tenho todos os dados das acusações.
O senhor se arrepende de dado depoimento à CPI da Petrobrás?
Não. Fiz o correto. Aliás, fui o único político que foi a CPI e fui de forma espontânea. Ninguém foi à CPI. Pelo fato de eu ter tido respeito e ter prestado os esclarecimentos que eu entendi corretos, não significa que isso tem de virar contra mim. Cadê os outros 60 (parlamentares investigados)? Alguém foi lá na CPI?

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