O V Encontro de Cheganças da Bahia aconteceu no município de Saubura, entre os dias 4 e 5 de agosto. O evento teve o intuito de forlecer este patrimônio imaterial e foi realizado com o apoio financeiro do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI)/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia/Governo do Estado da Bahia, apoio do IPAC, SUDECULT, SUPROCULT e apoio cultural das prefeituras de Saubara, Andaraí, Camaçari, Taperoá, Cairu, Paratinga e Lençóis. Foram dois dias com uma agenda consistente com a finalidade de conferir visibilidade e um espaço de diálogo permanente , bem como concluir o objetivo do tombamento deste bem singular. O processo já encontra-se com registro no Livro Especial das Expressoes Lúdicas e Artísticas do Ipac com vistas para o registro final. A centenária Chegança de Cairu encontra-se contemplada neste processo. Neste sentido, a Prefeita de Cairu,através da Secretaria de Cultura,vem se posicionando para fortalecer este bem e resgatar também a Cheganca dos Mouros da Gamboa. A Chegança ou Marujada é considerada uma “dança dramática”. Essa expressão foi popularizada por Mário de Andrade e é o nome genérico com que os folcloristas brasileiros designam os grandes bailados populares que se baseiam num assunto e tem na sua maioria, partes faladas e representadas, como é o caso das Cheganças e Marujadas. Grande número das nossas danças-dramáticas dividem-se estruturalmente em duas partes bem definidas: um cortejo coreográfico, com que o grupo representador se locomove pelas ruas, ao som de cantos vários habitualmente chamados de cantigas e uma parte dramática, entremeando elementos falados, danças e cantos, geralmente chamada de embaixadas. Entre as peças do cortejo, ou não-dramáticas, figuram tradicionalmente louvações, despedidas e cantos de marcha. Os bailarinos-atores são dirigidos por um chefe, quase sempre denominado Mestre que além de orientar o conjunto, representa, na maioria dos casos, um dos principais papéis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário