.

.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

PP e União Brasil tem impasses na Bahia e outros 12 estados travam acordo

 

A semana pós-feriadão de Páscoa promete ser decisiva nas negociações entre o PP e o União Brasil sobre a criação de uma federação partidária. De acordo com o Política Livre, o prazo-limite informal para um entendimento termina no próximo. 
Caso os impasses estaduais não sejam resolvidos até lá, é grande a chance de que as tratativas sejam desfeitas.

As divergências atingem ao menos 13 estados, entre eles a Bahia, onde o cenário é especialmente sensível. Caso a federação se concretize, o grupo liderado pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, atual secretário-geral do União Brasil, deverá assumir o controle da nova estrutura, já que o seu partido conta com maior número de deputados federais. O problema é que boa parte dos pepistas baianos deseja continuar alinhada ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), o que cria um ambiente de tensão dentro do PP.

Apesar do entusiasmo público do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), a ala baiana da legenda vê o cacique cada vez mais pressionado e irritado com as resistências encontradas dentro do União Brasil em estados estratégicos. A avaliação é de que isso pode acabar minando as chances de um acordo definitivo.

Na bancada federal do PP, o deputado Mário Negromonte Júnior, que também preside o partido na Bahia, é a voz mais contundente contra o casamento com o União Brasil. Cláudio Cajado tem evitado declarações públicas, apesar de sua proximidade com o governador petista. Já João Leão é favorável à aliança, que duraria quatro anos.

Durante o feriado da Semana Santa, ACM Neto participou de uma corrida de rua em Santo Estêvão e voltou a se mostrar otimista quanto à formalização da federação já na próxima semana. Ele também deixou claro que o novo grupo será de oposição ao PT tanto no plano federal quanto na Bahia. Com isso, rechaçou a possibilidade de palanque duplo no Estado em 2026, inviabilizando que pepistas ligados a Jerônimo permaneçam na legenda, caso a união se concretize.

Nos bastidores, uma das alternativas cogitadas por insatisfeitos com a federação seria buscar a abertura de uma janela partidária para desfiliação ainda este ano.


Do lado do União Brasil, também existem resistências pontuais ao acordo. Em Pernambuco, por exemplo, o deputado federal Mendonça Filho, aliado histórico de ACM Neto, ameaça deixar o partido caso o entendimento com o PP seja firmado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário