Operação Recôncavo cumpre mais de 30 mandados e apreende arsenal em Maragogipe

Mais de 30 mandados judiciais foram cumpridos na manhã desta quarta-feira (10) durante a Operação Recôncavo, deflagrada por forças integradas da segurança pública da Bahia para desarticular uma organização criminosa com atuação no distrito de Nagé, em Maragogipe, e em municípios do entorno. 

A ofensiva resulta de investigações conduzidas pela 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Santo Antônio de Jesus), que apura a participação do grupo em homicídios, tráfico de drogas, sequestros e casos de tortura registrados no Recôncavo. Na ação, três suspeitos foram presos, enquanto outros três resistiram à abordagem; eles foram atingidos, socorridos, mas não resistiram aos ferimentos.

Durante as buscas, as equipes apreenderam um expressivo arsenal: três fuzis calibre 5,56 com carregadores e 118 munições, uma carabina .40, uma pistola 9 mm, uma submetralhadora 9 mm, diversos carregadores, 130 munições calibre 9 mm, além de uma granada. 

Também foram encontrados 1,5 quilo de maconha, 800 gramas de cocaína, 41 pedras de crack, porções de outras drogas, 14 celulares, duas motocicletas, roupas camufladas, além de uma espada e uma machadinha — instrumentos que, segundo a apuração policial, eram utilizados em decapitações e outros crimes violentos atribuídos ao grupo.

A operação mobiliza mais de 200 agentes da 4ª Coorpin, com apoio do Departamento de Polícia do Interior (Depin), da Diretoria Regional de Polícia do Interior (Dirpin/Leste), equipes do Grupo de Apoio Técnico e Tático à Investigação (Gatti/Leste), da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) e unidades especializadas da Polícia Militar. Participam ainda a CIPE Litoral Norte e Recôncavo, as 27ª e 85ª CIPMs, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), o Grupamento Aéreo (Graer) e o Batalhão de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo). O Departamento de Polícia Técnica (DPT) realiza perícias com base móvel instalada no local.

As diligências continuam com foco na identificação de novos integrantes, no aprofundamento da análise do material apreendido e na consolidação das provas que sustentam os crimes investigados. A força-tarefa reforça o enfrentamento às organizações criminosas que atuam no interior do estado.