sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Sem balsas: trabalhadores que fazem travessia de Porto Seguro para Arraial d'Ajuda fazem paralisação

 

Os funcionários do sistema de balsas que operam a travessia entre Porto Seguro e o Litoral Sul iniciaram às 6h desta sexta-feira (26) uma paralisação de 24 horas. 
O serviço tem previsão de normalização apenas às 6h de sábado. 

Durante o movimento, a operação está restrita exclusivamente ao atendimento de situações de emergência, como o deslocamento de ambulâncias.

Em decorrência da suspensão, o fluxo de veículos com destino ao Litoral Sul deve utilizar como rota alternativa a BR-367 até o entroncamento de Arraial d’Ajuda e Trancoso, seguindo posteriormente pela BA-001. O desvio acrescenta aproximadamente 60 quilômetros ao trajeto habitual.

A mobilização, que abrange trabalhadores das concessionárias Rionave e Rio Buranhém, foi deliberada em assembleia no dia 20 de dezembro. A interrupção das atividades ocorre após a rejeição da contraproposta patronal no âmbito das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho para o biênio 2025/2027.

A prefeitura de Porto Seguro publicou uma nota falando do caso e orientando os moradores. 

A Prefeitura de Porto Seguro informa que a gestão da travessia por balsa é de responsabilidade da empresa GTA Terminal Aquaviário SPE Ltda., cabendo exclusivamente à concessionária toda e qualquer negociação relacionada aos seus colaboradores. Diante da situação atual de paralisação dos serviços neste dia 26 de dezembro de 2025, a Prefeitura orienta a população e os visitantes que a forma mais indicada para acessar o Litoral Sul, incluindo Arraial d’Ajuda e Trancoso, é pela rota rodoviária, utilizando a BA-367 (Km 32)e, na sequência, a BA-001, até que uma solução definitiva seja adotada. A Prefeitura Municipal segue acompanhando o cenário e reforça o compromisso com a mobilidade e a segurança de moradores e turistas.

A pauta da categoria reivindica a fixação do salário base em R$ 5.500 para mestres aquaviários e R$ 3.300 para marinheiros, com ajustes pontuais conforme a empresa. Em contrapartida, a proposta rejeitada previa um reajuste de 6,49% retroativo a 1º de dezembro de 2025, o que elevaria os vencimentos para R$ 4.482,53 e R$ 2.488,07, respectivamente, além de um vale-alimentação de R$ 300,00.

As empresas operadoras manifestaram-se por meio de nota, destacando que a greve gera transtornos a residentes e turistas no período de alta temporada. As companhias afirmaram manter a abertura para o diálogo e ressaltaram que o índice de reajuste oferecido é superior à inflação acumulada, visando a continuidade das negociações.

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