Por Hieros Vasconcelos
O verão começa oficialmente neste domingo (21), às 12h03, horário de Brasília, e segue até 20 de março de 2026. Em Salvador e em toda a Bahia, a estação mais quente do ano chega trazendo não apenas a expectativa de sol, praias cheias e maior circulação de turistas, mas também um período marcado por calor intenso, chuvas concentradas em curto espaço de tempo e mudanças rápidas nas condições do tempo, que impactam diretamente a rotina urbana, a economia e a vida da população.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, o verão 2025 2026 será caracterizado por temperaturas acima da média histórica em grande parte do país, cenário que se reflete na Bahia, especialmente no litoral e na capital.
Em Salvador, o aumento da radiação solar e da umidade favorece a elevação das temperaturas ao longo do dia, com variações entre 29o e 35o graus, criando condições para a formação de nuvens carregadas, sobretudo no período da tarde e início da noite. Essas instabilidades costumam provocar pancadas rápidas e intensas de chuva, muitas vezes acompanhadas de rajadas de vento e descargas elétricas.
Esse padrão típico do verão no litoral baiano exige atenção redobrada em áreas urbanas. Na capital, chuvas concentradas em poucos minutos podem provocar alagamentos pontuais, transtornos no trânsito e pressão sobre o sistema de drenagem, especialmente em regiões historicamente mais vulneráveis.
A atuação de sistemas atmosféricos associados ao aquecimento intenso da superfície e à umidade marítima contribui para a rápida formação desses núcleos de instabilidade, o que torna o acompanhamento diário das previsões meteorológicas fundamental durante a estação.
Enquanto Salvador e outras cidades do litoral enfrentam esse cenário de calor elevado e chuvas irregulares, o interior da Bahia tende a viver uma realidade distinta. O prognóstico agroclimático do Inmet aponta que parte do semiárido baiano pode registrar chuvas abaixo da média em determinados períodos do verão, sobretudo no início da estação, mantendo o solo mais seco e ampliando os desafios para a agricultura de sequeiro e para o abastecimento hídrico em algumas regiões.
Essa distribuição desigual das precipitações reforça os contrastes climáticos do estado, onde, ao mesmo tempo, há excesso de água em áreas urbanas e escassez em regiões interioranas.
Além das chuvas, os ventos também entram no radar durante o verão em Salvador. Rajadas de intensidade moderada a forte podem ocorrer associadas às tempestades típicas da estação, afetando atividades ao ar livre, a navegação costeira e até a queda de galhos e estruturas mais frágeis. Embora esses eventos sejam, em geral, pontuais, eles contribuem para a sensação de instabilidade que marca o verão na capital baiana.
Os efeitos do clima se estendem para além do cotidiano urbano. O verão é um período estratégico para a economia da Bahia, especialmente para o turismo,
que se intensifica com a chegada de visitantes atraídos pelas praias, festas e pela programação cultural da capital e do interior. Ao mesmo tempo, o comportamento das chuvas e das temperaturas influencia diretamente o setor agrícola, o manejo de pastagens, a produção de alimentos e a reposição de reservatórios, fatores essenciais para a segurança hídrica do estado.
Nas ruas de Salvador, moradores e turistas demonstram expectativa para a estação mais quente do ano, que combina lazer e desafios. Para muitos, o verão representa dias mais longos, encontros ao ar livre e uma cidade mais vibrante.
Para outros, é também um período que exige cuidados com a saúde, como hidratação constante, proteção contra o sol intenso e atenção aos efeitos do calor excessivo, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
Com a chegada oficial do verão 2025 2026, Salvador e a Bahia entram em um período em que o clima assume papel central no dia a dia. Entre o sol forte, as chuvas repentinas e os contrastes regionais, a estação reafirma a necessidade de convivência atenta com as condições meteorológicas, tanto para aproveitar o melhor do verão quanto para minimizar seus impactos sobre a cidade e a população.