Um processo que tramitava na Justiça do Trabalho da
Bahia, resultou em ação indenizatória no valor de R$300 mil contra Valença da
Bahia Maricultura, empresa instalada no município, a ser revertido em benefício
de crianças e adolescentes da cidade. Segundo o Procurador Jurídico
da prefeitura, Eduardo Lisboa, o andamento do processo contou com a contribuição
da Procuradoria Geral do Município através da elaboração de peticionamentos,
ações de diligências e na constituição do Fundo do Conselho Municipal de Defesa
da Criança e do Adolescente. A indenização foi decorrente de uma Ação Civil
Pública movida pelo Ministério Público do Trabalho por conta da empresa,
conforme declarou o Procurador do Trabalho MPT/BA, Rômulo Barreto, ter sido
alvo de queixas e denúncias dos seus trabalhadores e do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Pescado e Fabricação de
Conserva de Pescado no Estado da Bahia (Sindpesca), relatando a
ocorrência de diversas irregularidades trabalhistas. A ação foi movida em 2005 e em 2013 um acordo feito na
Justiça do Trabalho de Valença determinou que a Valença da Bahia Maricultura
cumprisse os direitos dos trabalhadores queixosos e realizasse o pagamento de
indenização por dano moral coletivo. O valor,
pago em parcelas até 2015, será revertido em favor do Fundo da Infância e
Juventude do município, o que foi confirmado pelo presidente do TRT 5, Valtércio
de Oliveira, ao falar da sentença. Os recursos que irão para
o Fundo do CMDCA já tem alguns destinos pensados, um deles, segundo Jorge
Araújo, presidente do Conselho, é a construção de um centro de referência para
atendimento e assistência social. Aproximadamente 200 jovens em Valença,
vítimas de diversos tipos de violência, são assistidos pela instituição. Outra ação indenizou os
trabalhadores por seus direitos lesados, conforme a sentença.
O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança
e do Adolescente é um órgão paritário, composto por membros da sociedade civil
e do poder público municipal. Cabe ao mesmo deliberar, formular e controlar as
políticas públicas voltadas para o atendimento à criança e ao adolescente, além
de manter o registro das entidades que trabalham com projetos e programas
sociais e cuidando para que as ações aconteçam de acordo com o Estatuto da
Criança e do Adolescente – ECA.
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