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sexta-feira, 23 de maio de 2025

"Não tenho por que permanecer", diz Angelo Coronel se governo não apoiar a reeleição dele

 

O senador Angelo Coronel (PSD) deixou claro nesta sexta-feira (23) que não terá problemas de lançar uma candidatura independente à reeleição se for vitoriosa no grupo governista a tese de que deve ser lançada uma chapa "puro sangue" com Jaques Wagner, Rui Costa e Jerônimo Rodrigues. 

O senador disse que não conversou com Jaques Wagner a respeito do tema, mas adiantou que não permanecerá no grupo se o nome dele não for apoiado.
"Eu nunca gosto de antecipar fatos. Eu sempre digo o seguinte: se onde eu estou eu não tiver a vaga, eu não tenho por que permanecer em um lugar que não me querem. Então, não vou aqui antecipar que vou para a oposição. Eu posso manter a minha candidatura, independente de estar na chapa A ou na chapa B, mas a minha candidatura do Senado, até então, ela está mantida", afirmou Angelo Coronel, antes da solenidade de homenagem ao ministro Luiz Roberto Barroso (STF), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

O parlamentar ainda ponderou: "O primeiro fato que nós temos que analisar é que não só existe candidatura em chapa oficial. Qualquer partido tem o direito de lançar seus próprios nomes. A eleição de senador não é atrelada à eleição de governador. Tanto é que nos demais estados da Federação, a grande maioria dos candidatos ao Senado sai independente. Não estou dizendo com isso que eu pretendo sair independente. Mas se por acaso onde eu estou não me quiserem, eu não vou forçar, não é arrombar cerca para continuar onde não me querem. Mas eu espero pelo menos sair candidato pelo PSD, que é o nosso partido". 

Ele reiterou que não conversou sobre o assunto com Jaques Wagner. "Wagner é muito meu amigo, a gente se dá bem, todo dia a gente se encontra no Senado. Se é um assunto que a gente não conversa é sobre a sucessão de 2026, nem eu nem Wagner. A gente deixa a água correr normal, na correnteza e lá na frente, para março e abril, vamos sentar e ver o que é que vai acontecer", declarou Coronel.

Sobre o namoro do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, com uma candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência da República, Coronel explicou que isso não traria embaraços ao PSD baiano.

"O PSD tem uma vantagem, é um partido que cada estado tem a sua própria autonomia e as suas próprias convicções. É por isso que o partido é grande hoje, é o maior partido do Brasil, porque não tem negócio de veto. O PSD de São Paulo pode apoiar um candidato a presidente, o PSD da Bahia pode apoiar outro candidato. Isso aí, graças a Deus, tem essa vantagem, o PSD. Porque tem partido que não aceita quando um estado diverge, e nosso partido não tem isso. Você pode ter quatro, cinco candidatos a apoiar sem nenhum problema", explicou o senador baiano.

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