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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Eleição 2022: Neto e Roma disputam grupos empresariais de olho em 2022

 
Embora não confirmem que serão postulantes na eleição do próximo ano, o ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (DEM) e o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), têm trabalhado para viabilizar as candidaturas ao governo da Bahia. Ambos se reuniram recentemente com os grupos empresariais baianos de olho no pleito de 2022. 
Os encontros foram promovidos por sites de coluna social, e os dois foram figuras principais dos eventos. 
Os discursos sobre o futuro econômico do Brasil foram opostos. Enquanto Neto adotou um tom pessimista sobre a economia, Roma fez declarações otimistas.
 O ministro, que participou de um jantar organizado pelo portal Anota Bahia na última sexta-feira, declarou que a credibilidade é relevante para aumentar os investimentos no país. E, para ele, o país tem hoje credibilidade, e citou o investimento feito pela Bahia Mineração (Bamin) na ferrovia como exemplo. 
“Nós, hoje, estamos experimentando um momento de credibilidade no nosso Brasil, além de suas potencialidades. Credibilidade quando uma pessoa diz para mim: ‘eu estou muito satisfeito, porque hoje eu durmo, porque não vejo mais movimento de invasão de terras’. Isso deveria ser uma coisa normal no nosso país, mas não estávamos vivendo a normalidade há pouco tempo atrás. 
Nós temos que ter essa credibilidade para observar uma empresa como a Bamin fazendo investimentos de mais de R$ 50 milhões em uma estrutura que não pode desmontar e levar para casa. Então, naturalmente, é um investimento que vai perdurar por décadas. Esse é um exemplo entre vários outros exemplos que colocam o nosso país dentro de uma possibilidade grande de investimentos e crescimento econômico”, disse Roma. 
O ministro minimizou o aumento da inflação no Brasil, ao dizer que o “processo inflacionário foi global” após a pandemia. O auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também elogiou a entrevista de Bolsonaro à revista Veja. “É uma entrevista que sinaliza, inclusive, para uma harmonização das nossas instituições. Que coloca suas angústias, que são naturais, suas aspirações, que são verdadeiras, mas com pontos cruciais, como, muito transparente do lado dele, a impossibilidade do golpe”, pontuou. 
Já Neto, em um almoço para empresários promovido pelo site Alô Alô Bahia no final de agosto, desenhou um cenário econômico complicado para o governo federal. 
De acordo com o democrata soteropolitano, há um “risco sério” de vivermos um “racionamento de energia”. “Então, hoje, o debate sobre o risco de racionamento no fim desse ano e no início do próximo é um debate real, e é difícil pensar numa perspectiva de crescimento econômico sustentado sem energia. Absolutamente impossível”, pontuou. “Esse ano devemos fechar com a taxa de desemprego em torno de 14%. 
Está melhorando um pouco agora, os últimos números foram positivos, mas o que se pode projetar é de 14%. (..) E aí tem uma coisa, por mais que a gente vá criando emprego, porque está tendo crescimento econômico, isso não significa necessariamente aumento de renda, porque a inflação está comendo uma parte do que as pessoas estão ganhando”. 
Neto disse ainda que a expectativa é de um crescimento de 1,7% do PIB em 2022. “Qual é a conclusão de tudo isso? A economia, na minha opinião, não será uma bola propulsora em que o governo possa chegar e dizer: ‘tá aqui, eu me resolvi por conta da economia’. E a gente sabe o quanto ela (a economia) interfere na política”, avaliou. 

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